
Cantor faz um ano de morte nesta sexta-feira (25). Morte do rei do pop continua envolta por mistérios
O dia 25 de junho de 2009 foi uma quinta-feira infernal em um dos melhores hospitais do mundo, o da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.
Nesse dia, um dos 45 leitos da emergência foi ocupado por um paciente super ilustre: Michael Jackson. A pediatra carioca Karen Nielsen, que dá aulas e atende na universidade, foi afetada diretamente pelo caos.
“No dia em que Michael Jackson estava no prédio central houve um tumulto porque o alarme de incêndio soou no prédio. E todos foram evacuados - pacientes, médicos, enfermeiros, desceram pela escada e a praça se encheu de pessoas. Os bombeiros estavam aqui também, e vários carros de imprensa. Ninguém sabia o que tava acontecendo. O alarme de incêndio soou, era um incêndio, né? Então saiu todo mundo aqui, os helicópteros. Mas aí tinha música ambiente do Michael Jackson tocando e a imprensa e algumas pessoas chorando. Foi quando nós nos demos conta do que estava acontecendo. Não havia incêndio nenhum. foi um alarme falso!”, conta Nielsen.
Conrad Murray
Até hoje não se sabe o motivo de o alarme ter tocado. Já sobre as razões que levaram à morte de Michael Jackson há muitas pistas. O acusado é Conrad Murray, contratado por R$ 250 mil mensais por mês para ser o médico pessoal do cantor.
O drama que pode destruir a carreira de Murray, que mantém o registro médico e continua trabalhando, começou à 1h30 do dia da morte.
Dessa hora até as 7h30, Murray aplicou em Jackson três tipos de calmantes poderosos, em cinco doses. Mas ele não dormia. E, às 10h, o cantor implorou por um anestésico geral --o propofol. O médico disse à polícia que deu 25 miligramas e foi ao banheiro. Quando voltou, Jackson não respirava mais.
Faltavam oito dias para a viagem a Londres, onde Michael ia iniciar a nova turnê. Em entrevista ao correspondente Roberto Kovalick, em Tóquio, o coreógrafo de Michael Travis Payne confirma que o artista vinha tendo dificuldades para dormir e ligava no meio da noite entusiasmado com grandes ideias.
Disse também que Michael Jackson estava em boa forma e pronto para subir no palco. Pesa contra o médico Murray a acusação de homicídio sem intenção. Pena máxima: quatro anos de cadeia.
O Fantástico falou por telefone com a porta-voz do médico. Segundo ela, Murray nega veementemente ter receitado ou administrado algo que pudesse matar o artista. "Michael era um amigo querido", ela diz. “O doutor sente uma saudade profunda dele".
Os fãs também sentem. Em frente à mansão onde ele vivia, não param de passar turistas. Apareceu até um Michael Jackson cover do distante Sri Lanka. E não é só na casa que os admiradores prestam homenagem.
Forest Lawn
Esta semana, quando se completa um ano da morte de Michael Jackson, o foco principal das atenções dos fãs deve se voltar para o cemitério Forest Lawn, onde foi enterrado o corpo do cantor. É um cemitério do tipo parque, os portões ficam abertos praticamente o dia inteiro, não há nenhum tipo de controle. Os carros e as pessoas entram e saem livremente.
Entre milhares de lápides no gramado, uma construção imponente domina a paisagem: o mausoléu onde está enterrado o corpo de Michael Jackson. Por algumas horas, todo dia, as portas do mausoléu são abertas. O Fantástico entrou com uma pequena câmera amadora.
Vimos de perto os corredores com as gavetas dos mortos. Um vitral reproduz a última ceia, de Leonardo da Vinci. Algumas áreas são abertas. Outras, bloqueadas.
Sem gravar entrevista, um segurança revelou que recentemente Lisa Marie Presley, filha de Elvis e que foi casada com Michael, esteve no cemitério deixando flores. Mesma sorte não teve a enfermeira Debbie Rowe, mãe biológica de dois dos filhos de Michael. A família não informou onde ele está enterrado. O vigilante relatou também que chegam fãs do mundo todo, principalmente mulheres. De acordo com ele, uma das mulheres chegou a lhe oferecer favores sexuais se mostrasse onde Michael está enterrado. Ele disse que recusou.
O cemitério é de gente ilustre e rica. Só para os três filhos, Michael deixou R$ 265 milhões. Hoje os restos mortais do rei supremo do pop repousam no cemitério. Mas a arte dele sobrevive guardada no coração dos fãs.
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